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Ângulo de antepé determina a duração e amplitude de pronação durante a marcha

Os mecanismos biomecânicos que relacionam a estrutura do pé à lesões do sistema músculo-esquelético durante a marcha não são bem compreendidos. Esse estudo teve duas partes. O objetivo da parte um foi determinar a relação entre ângulos clínicos de retropé e antepé e ângulos do pé quando este faz contato com o solo (contato inicial). O objetivo da parte dois foi determinar os efeitos de ângulos de inversão, moderados versus altos, de antepé e retropé durante o contato inicial, na cinemática do pé. O ângulo clínico do pé, a relação entre o pé e o eixo extrinsecamente definido relativo ao chão, foi calculado a partir de fotos tiradas com o paciente na posição em prono. Durante três velocidades de marcha, foram medidos o ângulo do retropé e antepé no plano frontal relativo ao chão no contato inicial e, em seguida, as medidas cinemáticas da fase de apoio: amplitude de eversão do retropé e antepé, duração da eversão de retropé e antepé e duração entre a retirada do calcanhar e o momento de inversão do retropé e antepé.

Foi descoberto que o ângulo clinico do antepé predizeu o ângulo de antepé no contato inicial. Indivíduos com maiores ângulos de inversão de antepé no contato também tiveram maior amplitude de eversão do antepé e everteram por um maior período durante a fase de apoio da marcha. Foi discutido o possível mecanismo para o risco aumentado de lesão do quadril relatado por indivíduos que possuíam maiores ângulos de antepé sem descarga de peso. Igualmente importante é a constatação de que o ângulo do retropé no contato inicial não predizeu movimentos do retropé durante a fase de apoio.

Resumo do artigo: Forefoot angle determines duration and amplitude of pronation during walking.